Aqui no Blog nós estamos! Nesta semana, vamos trazer uma compilação especial de brincadeiras e de livros sobre isso, porque, de 23 a 31 de maio, acontece a 11ª Semana Mundial do Brincar. É uma semana para sensibilizar a sociedade para o brincar como a coisa mais fundamental e imprescindível para o desenvolvimento integral da criança. Vai ser diferente dos anos anteriores por conta da pandemia, mas as atividades propostas por diversas instituições têm levado em conta que as brincadeiras vão acontecer dentro de casa mesmo.
A jornalista Gabriela Romeu, que desenvolveu o Mapa do Brincar, diz em seu livro Lá no meu quintal que "o brincar é uma espécie de língua-mãe da infância, é das primeiras coisas que aprendemos a falar e que nos conecta com o outro e com o mundo". No livro Poética da infância, os autores Severino Antonio e Kátia Tavares explicam que, brincando, "a criança se reconhece, descobre, compreende e elabora seu mundo interno e externo através da fantasia, da experimentação e no criar e recriar sentido".
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Então, como este é um momento em que todos nós, inclusive e principalmente as crianças, temos muita coisa para elaborar e muitos sentidos para recriar - porque, né, nossas rotinas e vidas foram alteradas de maneira inédita -, vamos brincar todo mundo junto? Garantimos que esse também é um bom jeito de aproveitar o presente e de se conectar com as crianças, criando memórias e histórias deliciosas! E o melhor: não precisa de nada muito elaborado nem de brinquedos caros.
Venham com a gente!
Sesc: 10 dicas pra exercitar a imaginação e a diversão em casa
O Sesc listou 10 formas de brincadeiras que podem ser feitas dentro de casa: tem cesto de tesouros para os bebês, cama de gato, encontrar formas em objetos, desenhar animais a partir das mãos etc. E aqui você encontra 7 jogos fáceis de organizar para curtir com a família!
Aliança pela Infância: Guia de brincadeiras e ações de valorização do brincar
Promotora da Semana Mundial do Brincar, a Aliança desenvolveu este guia de brincadeiras especialmente pensadas para este momento de isolamento social. Tem muitas brincadeiras superlegais do Brasil e de países da América Latina, como México, Chile, Argentina, Peru, Nicarágua etc.
Itaú Cultural: Aulas de dança para crianças on-line
Para crianças de até 6 anos, a professora Flora apresenta "exercícios lúdicos e narrativas poéticas, para assim envolver a criança em uma experiência sensível de dança, buscando despertar o prazer pelo movimento e a descoberta das suas estruturas e potencialidades corporais". Para quem tem mais de 7 anos, o professor Renato traz "exercícios de aquecimento, alongamento, passos básicos, sequências técnicas e alguns jogos para experimentação do movimento e assimilação dos conteúdos". Todas aulas podem ser acessadas por aqui e, ao final de cada uma, os dois professores deixam desafios para as crianças treinarem em casa!
Itaú Cultural: Curso de desenho para crianças
Os encontros são especialmente voltados para as crianças, mas os adultos também podem participar deste curso que ensina técnicas de ilustração para que os pequenos possam criar suas próprias histórias ilustradas. Os dois professores são artistas plásticos: Gabriela Gil vai ensinar a desenhar um monte de bichos, como insetos, ursos, animais terrestres e marinhos, enquanto o Augusto Figliaggi foca a cultura popular e mostra como ilustrar personagens como a Iara e o Saci. Os vídeos das aulas estão disponíveis aqui!
Itaú Cultural: Mostra de animação brasileira on-line
Depois de brincar bastante, que tal reunir toda a família para um filminho? A proposta desta mostra, que fica disponível até o dia 10 de junho, é aproximar tanto as crianças quanto os pais do universo cinematográfico a partir de uma seleção de obras lúdicas, que exploram a fértil imaginação infantil. Os dez curtas-metragens de animação são brasileiros e foram produzidos na última década em diferentes estados do país. Todos têm classificação indicativa livre.
O lenço | O jornal | A garrafa
De Patrícia Auerbach, Brinque Book
Nestes três livros de imagem da escritora e ilustradora Patrícia Auerbach conhecemos a história de crianças que transformam objetos e materiais aparentemente banais em fontes de muita diversão e fantasia - tudo dentro de casa! Uma menina encontra um lenço vermelho de bolinhas brancas da mãe e faz dele vela de barco, manto, vestido, cabana e várias outras coisas incríveis que a sua imaginação cria. Um garotinho vê seu pai lendo jornal e quer brincar com ele também: o jornal então vira chapéu, espada, barco - uma história inteira! Por fim, uma menininha transforma garrafas de plástico em carrinho, foguete, megafone, tromba de elefante e orelhas de coelho. Neste vídeo aqui embaixo, a Patrícia Auerbach conta como nasceu a história de O jornal e ainda mostra como fazer um chapéu e um barco de papel:
Dudu e o plástico bolha | Dudu e a caixa
De Stela Greco Loducca, Companhia das Letrinhas
Dudu faz o que você com certeza já viu acontecer aí na sua casa: em vez de brincar com o presente, ele brinca com a caixa :D Ou com o plástico bolha. Neste caso, nem era um presente para ele, mas encomendas para sua mãe. Ele não desaponta e brinca muito: cria carro, foguete e muitos outros brinquedos a partir dessas maravilhas que são o papelão e o plástico de estourar.
Os sábados são como um grande balão vermelho
De Liniers, V&R Editora
Nós aqui do Blog adoramos o quadrinista argentino Ricardo Liniers! Neste livro, as irmãs Clementina e Matilda saem para brincar fora de casa num sábado chuvoso. Clementina estava apreensiva no início, mas as duas correm, brincam, pulam na poça e se divertem muito - bem equipadas de galocha e capa de chuva! E nós sabemos que agora não dá para sair correndo em praças e parques, mas escolhemos este livro como homenagem ao livre brincar e como forma de levar as crianças para fora por meio da literatura.
Buriti grande
De Marismar Borém, Aletria
Este é outro livro para viajar com as crianças, por meio das memórias de uma menina que passou uma infância de muita liberdade na casa dos avós na fazenda, brincando na terra, de pé no chão, subindo em árvore e pulando no rio. Narrado em primeira pessoa, apresenta uma vivência infantil muito diferente da nossa da cidade, cheia de compromissos e de pressa: uma história que traz para o leitor os sons e os cheiros da natureza. É lindo!