Escritor modernista, crítico literário, musicólogo, etnógrafo, folclorista e ativista cultural brasileiro: Mário de Andrade, conhecido por Macunaíma, sua obra mais famosa e que aparece constantemente em nossos vestibulares é o tema do blog dessa semana.
Mário de Andrade (1893-1945) foi uma figura extraordinária que desempenhou um papel vital na promoção do modernismo no Brasil. Sua abordagem interdisciplinar e inovadora à cultura brasileira deixou uma marca profunda no movimento modernista, que buscava desafiar as convenções literárias e artísticas arraigadas da época.
Em "Macunaíma", uma de suas obras mais conhecidas, Mário de Andrade demonstra sua habilidade excepcional em mesclar folclore, humor e crítica social. A narrativa segue as aventuras do herói preguiçoso Macunaíma, que, como expressado em suas próprias palavras, "trabalha quando é preciso e tem preguiça sempre que pode." Essa sátira do estereótipo preguiçoso e astuto reflete a complexidade da identidade brasileira que Mário de Andrade buscava explorar.
A influência de Mário de Andrade na cultura brasileira não se limita apenas à literatura. Sua pesquisa folclórica, documentada em obras como "Danças Dramáticas do Brasil", ajudou a preservar tradições populares, como o carnaval e o folclore afro-brasileiro, que são fundamentais na rica tapeçaria cultural do país. Esses estudos são um testemunho da paixão de Mário de Andrade pela diversidade cultural brasileira.
Participou ativamente da semana da arte moderna em 1922 que celebrou os 100 anos da Independência do Brasil. O intuito do autor era promover uma arte mais comprometida com o Brasil, sempre fundado na diversidade de um país que sofreu influências africanas, indígenas e europeias, iniciando assim a primeira fase do modernismo, também chamada de “fase de destruição”.
Em suma, Mário de Andrade é lembrado não apenas por suas realizações literárias notáveis, mas também por sua contribuição significativa para a preservação e promoção da cultura e identidade brasileiras. Seu legado continua a enriquecer nossa compreensão da produção artística nacional, como já dito em suas próprias palavras e obras.
Comentários