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  • Paula Lima

Que livro você indicaria para a sua personagem preferida?

Atualizado: 28 de mar. de 2020

Nesta semana do Dia Internacional da Mulher, o Blog resolveu indicar livros sobre mulheres do acervo da nossa Biblioteca para algumas das mais queridas heroínas da literatura infantojuvenil.


Vem com a gente!

 

Para começar, sugerimos para a menina mais forte do mundo, Píppi Meialonga (da autora sueca Astrid Lindgren), o livro Louise, as aventuras de uma galinha, da Kate DiCamillo. Como a Píppi é muito viajada e filha de capitão de navio, achamos que ela poderia adorar o espírito livre da galinha Louise, que vivia uma vida tranquila em seu galinheiro e, ao mesmo tempo, sempre ia em busca de desbravar lugares distantes e viver experiências diferentes. Quando sentia a saudade de casa bater, Louise voltava para dormir gostoso em seu poleiro e contar suas histórias viajantes para as amigas. Acreditamos que a Píppi ia achar muito interessante conhecer alguém que é independente, vai atrás dos próprios sonhos, mas também precisa curtir seus momentos caseiros.

 

Para a boneca preferida da nossa literatura infantil, Emília, pensamos em várias opções que poderiam agradar, como a própria Píppi Meialonga ou Rônia, a filha do bandoleiro, também da Astrid Lindgren. Histórias de ninar para garotas rebeldes foi outro que veio à cabeça. Mas concluímos que a melhor opção para a Emília ler agora seria Contos de sacisas, de José Roberto Torero. Não tem muito erro: é uma mistura de folclore brasileiro (tão caro ao criador do Sítio do Picapau Amarelo) com os contos de fada tradicionais (e a Emília conhece as princesas pessoalmente). Porém, em vez de moçoilas indefesas que perdem o sapato, as sacisas preferem mesmo é andar descalças, além de acharem o mocinho da história um chato de galocha. Arriscamos dizer que as sacisas e a Emília dariam boas amigas. Além disso, a boneca falante provavelmente ia amar nomes como Pererenzel e Sacinderela - talvez até achasse que ela mesma não teria inventado nomes tão ótimos.



Ainda pelo Sítio do Picapau Amarelo: o que vocês acham que a Narizinho gostaria de ler? Sabemos que ela gosta muito de ler e de ouvir histórias e que também já viajou meio mundo com o pó de pirlimpimpim. Até para o passado ela foi, para a Grécia Antiga. Por isso, pensamos que talvez ela achasse divertido ler o diário de uma menina dos dias de hoje que também foi para a Grécia de um jeito meio mágico. Em Diário de Pilar na Grécia, da Flávia Lins e Silva, a menina vai parar no mundo da mitologia com a ajuda de sua rede mágica, procurando pelo avô. Conhece Zeus - que ela não acha que é lindo -, Hércules, vai para o reino de Hades e até arrisca algumas palavras em grego. Tudo muito bem registrado em seu diário, cheio de detalhes da viagem. Aliás, vocês viram que a Pilar virou desenho animado? São 26 episódios que vão ao ar no NatGeo Kids de segunda a sexta, às 17h30.

 

Para a brilhante e pequena grande devoradora de livros, Matilda (livro do autor Roald Dahl, que também virou filme), sugerimos um clássico da literatura brasileira. Apesar de não ter nem seis anos, ela já leu Ernest Hemingway e Charles Dickens, gostaríamos de sugerir que ela conheça Monteiro Lobato. Pensamos que ela poderia começar com Reinações de Narizinho, o que acham? Vai ser mais uma oportunidade dela viajar "pelo mundo todo, sem sair de seu quartinho": desta vez diretamente para um sítio brasileiro - e, ainda por cima, um sítio todo cheio de magia. Temos certeza de que ela vai amar as aventuras da Narizinho e companhia na casa de Dona Benta, no Reino das Águas Claras e mundo afora e se sentir "ali, vendo tudo acontecer".

 

Para a mais estudiosa aprendiz de feiticeira e leitora voraz Hermione Granger, nossa sugestão é o livro Princesas, bruxas e uma sardinha na brasa: contos de fadas para pensar sobre o papel da mulher, das autoras brasileiras Helena Gomes e Geni Souza. São oito recontos curtinhos, baseados em compilações de contos tradicionais da Rússia, da Itália, de Portugal e de outros países do mundo (inspiração no folclore e na mitologia mundiais, bem como a J.K. Rowling construiu o mundo mágico de Harry Potter). A Hermione provavelmente vai devorar o livro em uma sentada: a linguagem é fluida, os contos são concisos e muito instigantes e a tensão em torno de cada conflito central aumenta de maneira irresistível - não dá pra largar. Apostamos ainda que seu espírito ativista e feminista vai curtir muito a reflexão sobre os vários papéis que a mulher assumiu (ou aos quais foi relegada) ao longo dos tempos: a bruxa, a princesa, a mãe - e todas as nuances de cada um deles.


 

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