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  • Dayan Marchini

Explorando o Poder dos Gibis: Como as Histórias em Quadrinhos Ampliam o Repertório Leitor

Quem nunca colecionou uma pilha de gibis da Turma da Mônica ou do Zé Carioca, que atire a primeira pedra! Com poucas palavras e muita fluidez, as histórias em quadrinhos são, em sua maioria, responsáveis pela nossa introdução no universo literário, conquistando não apenas o gosto das crianças, mas também as estantes dos adultos, justamente pelo seu ritmo rápido, fácil e adaptável. Porém, apesar de todas as suas vantagens, o gibi ainda é muito subestimado, principalmente quando passamos a ler outros tipos de livros. Aí, então, esquecemos que a publicação é uma grande formadora de repertório leitor. Veja abaixo, alguns dos artifícios importantes para uma boa construção de leitura que podemos encontrar nos gibis.


“O livro é um sonho que você segura na mão” .
(Neil Gaiman)

Linguagem verbal e não-verbal


A identificação de um texto que pode existir sem as palavras é uma característica possível na HQ. Conduzir o leitor para a compreensão da leitura de imagens, além de estimular a imaginação, é uma ótima maneira de trabalhar a interpretação, seja dentro do texto, seja na visão de mundo, contribuindo para uma leitura flexível e ativa.


Figuras de linguagem


A ironia é a mais famosa figura de linguagem presente nos gibis, o que faz com que sejam conhecidos pelo teor de humor marcante. Mas a metáfora (o sentido figurado por meio de comparações), a hipérbole (responsável pela intensidade e exagero) e a sinestesia (evocar diferentes sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido) também estão presentes no gênero textual, o que garante que, em leituras mais complexas, consigamos identificar e entender o que o assunto sugere. As figuras de linguagem são responsáveis por enriquecer um texto e dar maior ênfase à comunicação. No leitor, reflete na perspicácia oral e compreensiva.


Fundamentos básicos da narrativa

Títulos clássicos que foram adaptados para os quadrinhos.


Enredo, personagens, tempo, lugar e desfecho. Os fundamentos básicos de uma narrativa como Peter Pan podem ser facilmente encontrados em uma HQ. Os recursos ajudam o leitor iniciante a criar familiaridade com a prosa, facilitando a leitura de textos mais extensos no futuro.


Desenvolvimento do senso crítico


Muito comum nas charges, como as do Armandinho e da Mafalda, a crítica social e a contestação de determinados fatos da História alimentam o senso crítico, não só dentro da realidade em que se vive, mas também naquilo em que se lê. Textos carregam o discurso e a referência de quem os escreve, portanto, estar atento e reflexivo sobre sua leitura permite com que seja possível criar a própria opinião e argumento em relação a determinados assuntos e obras.


Intertextualidade


Já que falamos em referência, vale ressaltar o quão presente ela se faz nos quadrinhos através da intertextualidade. O significado de um texto por outro texto, seja por uma citação, um trocadilho ou apenas uma imagem que remeta ao que o autor deseja, nos estimula a buscar diálogos variados dentro da leitura, já que um simples excerto pode representar uma obra de arte famosa como o caso da Monalisa, de da Vinci, aliás, muito representada em diversas modalidades da Arte.



Com tanta coisa boa, deu até vontade de resgatar aquele gibi esquecido no armário e passar um tempinho lendo, não é? Escolha seu preferido e boa leitura!





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