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  • Paula Lima

Personagens em quarentena 2: Sítio do Picapau Amarelo

Atualizado: 18 de abr. de 2020

No dia 18 de abril, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil e também o aniversário do Monteiro Lobato - já falamos mais sobre essa data superimportante aqui! Como estamos em período de isolamento social, imaginamos o que três personagens do Sítio do Picapau Amarelo estariam fazendo na quarentena em homenagem à data, dando sequência ao exercício que começamos nesta semana. Para começar, é bom saber que, com a recomendação para que as pessoas fiquem em casa, o Sítio (assim como o mundo todo) anda bem pouco movimentado: não tem personagens de contos de fadas nem piratas nem anjinhos perdidos nem seres mitológicos dando as caras por lá - estão todos de quarentena.



Mas vem com a gente ver o que o Pedrinho, o Visconde de Sabugosa e a Emília estão aprontando e conta depois o que achou!

 

Pedrinho estava na cidade quando começou a quarentena e suas aulas foram suspensas. Como vocês bem devem lembrar, ele é um menino aventureiro, que se esbalda quando passa as férias no Sítio de Dona Benta, sua avó: lá ele já capturou um Saci e fez amizade com ele depois de passar uma noite inteira na mata, já conheceu o Reino das Águas Claras em bolhas de ar, já andou muito a cavalo - até já caçou uma onça e encontrou um rinoceronte que foi morar no Sítio! Difícil manter uma criança cheia de energia dessa dentro de casa, né? Que o diga a Dona Antonica, mãe dele. Mas Pedrinho tem se virado bem para driblar o tédio porque, além de ter muita energia, é muito bom imaginador: tem escrito cartas quase diariamente para Emília e Narizinho para contar e saber como estão as coisas, além de bolar com elas um plano mirabolante de caçada ao coronavírus, usando seu bodoque, umas artes do Saci, a ajuda do Hércules e um pouco de pó de pirlimpimpim!


O Visconde de Sabugosa, como se sabe, adquiriu seu rigor científico, além de muita cultura, quando passou um tempo esquecido e amassado atrás da estante dos livros de Dona Benta. Defensor incansável da ciência, ele não hesita em pesquisar muito bem antes de tomar decisões, como fez quando descobriu que o gato que dizia ser o Félix era na verdade um vira-lata impostor, em Reinações de Narizinho. Não espanta, portanto, que ele apoie ferrenhamente o isolamento social, como forma de conter o avanço do novo coronavírus no Brasil. Em quarentena no Sítio com Dona Benta, Tia Nastácia, Narizinho, Emília e Rabicó, ele passa os dias mergulhado em livros de biologia para aprofundar seu conhecimento sobre vírus. À noite, durante o jantar, dá verdadeiras aulas sobre o assunto para os outros quarenteners do Sítio, que andam ávidos por mais informações sobre o micróbio.



Não daria para deixar a Marquesa de Rabicó de fora neste momento, né? Pois bem, a Emília está louca da vida com esse tal de coroa - que é como ela faz questão de chamar o vírus. Acha um absurdo que um ser minúsculo desses tenha a ousadia de ser tão perigoso para a saúde e ainda alterar a rotina do planeta inteiro! Onde já se viu fazer isso? Tem que ser muito espírito de porco mesmo. E ainda mais ficar por aí se exibindo cheio de coroas se nem nobre de verdade ele é! Menos mal que no Sítio ela ainda tem bastante companhia para ouvir quando ela abre sua torneirinha de asneiras, como diz a Narizinho. Além de esbravejar muito para Narizinho, Dona Benta e Tia Nastácia, ela vive atazanando o coitado do Visconde durante suas pesquisas para que ele encontre logo uma vacina pra esse vírus metido à besta - afinal, ele não é cientista? Pois que descubra logo uma solução e anuncie para os cientistas do mundo! Ou ela mesma vai dar um jeito de acabar com o coroa junto com a Narizinho e o Pedrinho.

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