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  • Gabi Traversim e Day Marchini

Eu, do livro não me livro!

Ler é bom de mais, não é? Somos suspeitos aqui no Colégio, já que vivemos rodeados de livros e de boa literatura, mas há um consenso de que o ato de ler é bom para várias coisas, dentre elas a possibilidade de conhecer outros mundos e realidades. O livro escolhido para hoje é um livro que aborda essas concepções do objeto-livro e da literatura. E que cenário melhor para isso acontecer do que dentro de uma biblioteca?




Gente que lê livro você obviamente já conhece, não é? Mas e livro que lê gente? É esta a história que o leitor irá conhecer na obra de Alexandre de Castro Gomes, autor de 23 livros infanto-juvenis.


Ao ser colocado no alto de uma estante, longe do alcance dos leitores de uma biblioteca, um livro conhece outro, um antigo, que o ensina a ler as pessoas. Beto, um garoto que adora futebol, Juju, uma adolescente fã de livros de vampiros, Ivan, um professor de Ciências, Dinho, que amava livros de espiões e, principalmente, dona Anita, a bibliotecária, que segundo ele, era seu romance favorito, pois acompanhava sua história com o namorado de pertinho, sem perder nenhum capítulo.



Com um enredo leve e engraçado, “O livro que lê gente” nos convida a enxergar as pluralidades e particularidades da vida humana, além de refletir sobre a importância de perceber o outro, pois às vezes, estamos tão presos em nossa própria estante que esquecemos de olhar para fora, para os lados; e como diria Antoine de Saint-Exupéry, nos esquecemos de ver com o coração.


A inversão de papéis nesta história nos faz refletir sobre como os livros nos ajudam a expandir a nossa visão de mundo e como isso afeta nossos relacionamentos humanos. Além disso, apresenta uma perpetuação do objeto livro enquanto transmissor dessas histórias, mesmo quando muito velhinhos e usados. Afinal, uma história não termina com o fim de um livro. É como se ao fecharmos a capa de um exemplar, muitas outras histórias se abrissem diante de nós.


Ao concluir a leitura deste livro, é possível lembrar de um poema de Silas Fonseca que diz assim: “Eu do livro não me livro e nem quero me livrar. Se do livro eu me livro, como livre vou ficar?”. Este trecho escrito por Silas Fonseca expressa um sentimento muito potente em relação às possibilidades de ler um livro e harmoniza-se bastante com a ideia central da obra de Alexandre. E você? Já leu alguém hoje?


Veja o book-trailer abaixo:


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