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Sorumbática!

Foto do escritor: Gabriela Traversim Gabriela Traversim

O Halloween é uma data tipicamente estrangeira, mas já caiu no gosto dos brasileiros há muitos anos. É nesta época do ano que as crianças se fantasiam de monstros, vilões e tudo o que têm direito. As bruxas são o símbolo desta comemoração: enigmáticas, assustadoras e um tanto quanto incompreendidas, elas têm uma data só delas e nada mais justo do que um boa história de bruxas, para conhecer mais sobre estes seres, não é mesmo?



No dia das bruxas, as bruxas saem atrás de doces? Ou será que elas ficam curtindo um filme de terror em companhia das amigas? No livro Sorumbática, de Eva Furnari, uma família de bruxos está curtindo seu dia, esperando os bruxolengos, como são chamados os bruxos jovens que aparecem pedindo gostosuras. Diferente do que as pessoas acham, até mesmo as bruxas não gostam das travessuras. Elas se preparam para este dia com guloseimas pra lá de estranhas: torradas com geleia de lesma, casquinha de besouro com açúcar e outras coisas esquisitas.

Mas o que as bruxas Tamtambúzia, Tetê e Lolô não esperavam era que a bruxa mais malvada de toda a cidade resolveu sair pedir doces também! E quando a bruxona chegou à casa das irmãs e viu que os doces haviam acabado, a confusão se fez! Acredite se quiser, até as bruxas podem sofrer com a mágica de outras mais tenebrosas. Sorumbática lançou um feitiço nelas e, para reverter a situação, Mimi e Momô, sobrinhos das bruxas, precisaram se aventurar em busca da palavra mágica que revertesse o feitiço: na casa da Sorumbática!

Para chegar ao final desta história, Mimi e Momô passaram por uma noite tenebrosamente fria, presenciaram árvores e pássaros enormes, de arrepiar o couro cabeludo, passaram pela floresta do dragão: um monstrengo verde, peludo e muito mal-humorado. Só assim conseguiram chegar ao castelo, a residência da bruxa Sorumbática! Um lugar amedrontador, com escadas e corredores escuros. Quem disse que bruxos não tem medo? É porque nunca visitou o castelo da Sorumbática! Até a criatura mais monstrenga se arrepia de medo da cabeça aos pés.

Este livro, de Eva Furnari, é uma ótima narrativa para as crianças (e adultos também, por que não?) entenderem que o medo faz parte da vida. Ele é uma reação natural do nosso instinto de sobrevivência e enfrentá-lo faz parte das nossas superações. Ter medo não é sinônimo de ser covarde, muito pelo contrário. Assim como Mimi e Momô, na história, estão com medo de enfrentar a bruxa Sorumbática, o que eles fazem diante dele é que os define. A ideia de ficar sem as tias queridas é mais terrível do que a bruxona sinistra.

Neste Dia das Bruxas, deixe o seu medo se libertar! E se você não estiver amedrontado(a), recomendo emprestar este livro na biblioteca. Você irá se surpreenderá para onde a história irá te levará.



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