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  • Foto do escritorGabriela Traversim

Festejos de lá e de cá!

As dicas de leitura do nosso blog junino ficam por conta de uma apaixonada por bandeirinhas coloridas, noites estreladas, fogueiras, livros e causos, Gabriela Traversim Constantino. Gestora da Biblioteca do Colégio Uirapuru, Gabriela é também licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, e estudante de biblioteconomia pelo Centro Universitário Claretiano. Você não pode deixar de conferir as duas ótimas pedidas da tia Gabi para acompanhar o quentão e a pipoca.


Fotos das festas juninas do Colégio Uirapuru nos anos de 2018 e 2019.



Junho chegou e com ele os festejos de Santo Antônio, São Pedro e São João. De origem pagã, as festas juninas chegaram ao Brasil com roupagem católica, mas o sincretismo canarinho deu nova cara à herança religiosa portuguesa e, depois do carnaval, essa é certamente uma das festas mais representativas da diversidade do povo brasileiro. De norte a sul do país, arraiás são montados para as festividades de junho, julho e até agosto! Confesso que estou ansiosíssima para a festa junina este ano. Claro que ainda tomaremos muito cuidado, pois estamos vivendo tempos difíceis, mas isso não quer dizer que vamos deixar de festejar esta data tão importante para a cultura do nosso país. Até porque estamos todos precisando de um pouco de alegria. Então, para deixar esta época ainda mais leve e recheada de diversão e cultura, indicarei duas leituras que possuem os festejos juninos como tema.



O livro “Bandeira de São João”, dos autores Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, conta a história de um dia que o sol se pôs, para nunca mais levantar e só havia tristeza e escuridão perambulando pelo mundo. Este texto teatral é recheado de contos e lendas tradicionais, ligando o nordeste, as festas juninas e a época das colheitas. Na história, como o sol se foi, a vida da população fica atrasada: a noiva não encontra seu noivo, as colheitas não vingam, os legumes não crescem e a vida do povoado vai ficando cada vez mais triste. Há uma frase muito bela, na introdução da peça, que diz assim:

“Assim, esta peça se transformou num elogio à vida, em que os personagens louvam com danças, cantos, casamentos e brincadeiras o santo que propicia a fertilidade.”

Além de ser uma leitura rica em cultura, seu formato foge dos livros convencionais de prosa a que estamos acostumados; a leitura de uma peça teatral brinca com os nossos sentidos e nos faz perceber a história, sob outra perspectiva.


A segunda indicação do dia, é o livro de César Obeid, Rimas Juninas. César é conhecido por usar a sonoridade das palavras em seus livros e este não poderia ser diferente. Rimas Juninas tem em suas ilustrações um belo diferencial: Ana Souza moldou as figuras, representando pessoas e lugares, com cerâmica. Além das estrofes da literatura de cordel, Obeid aponta diversas informações culturais, ao longo das 53 páginas do livro, contextualizando esta tradicional festa brasileira.

Essa leitura é uma ótima forma de conhecer mais sobre os aspectos culturais das festividades juninas e entender as diferenças dessa comemoração nos diferentes rincões do Brasil. César Obeid, aponta, logo no início do livro que:

“Seja qual for o contexto, o que não pode faltar é a celebração da fartura da colheita. A roça ganha lugar de destaque e os costumes do homem rural são enaltecidos. Acontece que o Brasil já não é mais um país predominantemente rural. Grande parte da população vive em áreas urbanas, então a festa é a necessidade de reviver o universo do campo.”

Aproveitando a deixa, não perca a live da festa junina do nosso Colégio! Será no dia 12 de Junho, das 16h às 17h30, com transmissão pelo canal do Uirapuru no Youtube! Confira o site oficial da festa aqui e compartilhe com seus amigos e familiares. Vai ser uma festança arretada de boa, cheia de música, arrasta pé e alegria! Vista seu chapéu de palha, esquente as espigas de milho verde e bora comemorar com a gente, sô!



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