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Gabi Traversim e Day Marchini

A biblioteca como um espaço vivo

Aprender a fazer uma pesquisa segura, saber encontrar um livro no acervo, ouvir histórias e participar de atividades didáticas, entre diversos tipos de letramento. Tudo isso pode acontecer dentro de uma biblioteca, aquele espaço que parece abrigar apenas livros e calmaria. Mas há muito mais a explorar, descubra no texto de hoje, nossa homenagem aos bibliotecários e bibliotecárias, profissionais que fazem tudo isso e muito mais!


Ainda há quem acredite que uma biblioteca é feita apenas de grandes prateleiras e muito silêncio, onde uma bibliotecária vai te atender com a seriedade de quem possui todo conhecimento do mundo, porque provavelmente, leu o acervo inteiro daquele lugar. Mas é claro que essa não passa de uma ideia antiquada que vemos nos filmes, pois a biblioteca deixou se ser desta forma há muitos anos. Hoje, a biblioteca é um espaço vivo e com muita coisa para se fazer, você sabia?

Desafio literário e a primeira Feira de troca da livros: eventos do ano passado realizados na biblioteca do conjunto dois, para os alunos do fund.II ao ensino médio.


Aqui no Uirapuru, nos baseamos no princípio do Letramento Informacional, onde aulas dinâmicas são ministradas pela bibliotecária e auxiliares, ajudando no aprendizado de como fazer pesquisas seguras na internet e fora dela, como encontrar um livro na estante e, até mesmo, como entender as partes dele (orelha, capa, contracapa, processo de publicação e impressão etc), diferenciar gêneros textuais e também regras básicas sobre o melhor uso do ambiente.

Aulas que aconteceram no espaço da biblioteca: a primeira, no conjunto dois e a segunda, no espaço cultural.

É por isso que nossa biblioteca não usufrui dos padrões convencionais em que o aluno a procura apenas para um empréstimo de leitura de estudo. Há o estímulo pela Literatura, inclusive, um dos papéis do bibliotecário é trabalhar na escolha de livros que sejam atrativos para os estudantes, dentro de temáticas que conversem com sua realidade e gosto literário, até porque a leitura deve ser um hábito prazeroso e agradável ao leitor.

No obra “Como orientar a pesquisa escolar - Estratégias para o processo de aprendizagem” traduzida e adaptada pelo GEBE, Grupo de Estudos em Bibliotecas Escolares, da escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, coordenado pela bibliotecária Bernadete Campello, “proporcionar tempo para que os estudantes busquem informações, leiam, reflitam, produzam textos e exercitem as habilidades de um pesquisador constitui um desafio”. Portanto, enxergar a biblioteca como um espaço didático-dinâmico colabora para que não se pense o local como objeto mecânico de informação.


Os livros e a tecnologia podem caminhar juntos para a criação de repertório, pautado em habilidades e competências e é por isso que escolas internacionais também são adeptas dessa metodologia na biblioteca escolar.

Podemos citar como exemplo, outra diretriz que norteia a prática na biblioteca escolar, como a da IFLA, International Federation Library Association and Institutions, que aborda as principais orientações que uma biblioteca deve seguir, não apenas na organização estrutural e do ambiente, mas também na prática educacional que ali acontece. Além da IFLA, no Brasil, temos o GEBE, citado anteriormente como um dos precursores na escrita sobre práticas em Bibliotecas Escolares. Outro documento muito importante para as bibliotecas escolares é o Manifesto, escrito pela Unesco e pela IFLA para as bibliotecas escolares. Neste texto, o manifesto define a missão da biblioteca como: “promover serviços de apoio à aprendizagem e livros aos membros da comunidade escolar, oferecendo-lhes a possibilidade de se tornarem pensadores críticos e efetivos usuários da informação, em todos os formatos e meios.” além de afirmar que “está comprovado que bibliotecários e professores, ao trabalharem em conjunto, influenciam o desempenho dos estudantes para o alcance de maior nível de literacia na leitura e escrita, aprendizagem, resolução de problemas, uso da informação e das tecnologias de comunicação e informação.”

Fira de livros do ano passado, que aconteceu em outubro! Autoras sorocabanas vieram ao colégio durante o evento divulgar suas obras.


Na biblioteca do Colégio Uirapuru, a leitura e a formação do leitor é um assunto muito sério e não atravessam apenas o campo da literatura. A tecnologia faz parte da vida do leitor moderno e deve ser contemplada na hora da formação deste discente; a pesquisa e a investigação, que permeiam todo a formação do aluno enquanto cidadão questionador e explorador, também se fazem presentes na biblioteca escolar, dando continuidade ao que é apreendido em sala de aula junto dos professores nos níveis de ensino da Educação. A biblioteca é parte integrante da escola como um todo, sendo indispensável para uma formação integral do aluno.

Imagens dos empréstimos de livros durante os encontros da biblioteca.


Agora que você já sabe disso, que tal visitar uma biblioteca novamente, readaptando seu olhar e usufruindo mais desse espaço como um local de troca? Há muitos acervos, inclusive, que aceitam doações de livros em bom estado para compor suas prateleiras. Seja parte da construção literária de alguém também!


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